sexta-feira, novembro 07, 2003

Don't think about all those things you fear, just be glad to be here...

É isso mesmo que eu sinto quando o chill-out chega até mim enquanto sou bombardeada por mais um anúncio de uma marca de whisky que me faz lembrar o Hugh Grant sempre que vejo alguém pedir em voz alta esse mesmo néctar.

Nunca um intervalo foi por mim tão desejado, nunca fiquei vidrada num anúncio de uma bebida como com este ( minto, em criança delirava com os da Pepsi, Coca-Cola e de cada vez que a Maria Armanda vinha cantar que tinha visto um sapo. Ah! Confesso que o "no rules great scotch" também me prendia até há bem pouco tempo atrás. Pronto, ainda prende... mas é porque começaram as chuvas...). Não pelo "rio" de Grant's que desliza sobre o corpo nu de uma mulher, mas pela música que com ele nos chega ao ouvidos.

Hoje sinto-me finalmente livre das amarras dos intervalos, eu "zappingava" de intervalo em intervalo em busca do anúncio pretendido...

Tenho-a comigo ( há 7 minutos) e ouço-a como muitas outras que outrora foram "a minha música do momento", ou seja, interruptamente. Essa categoria, só com semelhança no ramo dos perfumes ( entenda-se " o meu perfume do momento"), não tem assim tantas músicas no seu portfólio. Estas são aquelas músicas que nos provocam uma certa ansiedade quando estão a chegar ao fim somente porque não queremos que acabem. Felizmente há o repeat. As que constam do portofólio, associo-as a momentos, a pessoas, a estados... esta associá-la-ei a algo, quando um dia a recordar...

Se porventura lessem em letras garrafais " a voice from Iceland" e se a isso se seguisse que a voz quente e doce da Islândia pertence a uma cantora que também é actriz, provavelmente associá-la-iam à  protagonista do Dancer In The Dark. É. Seria uma associação válida mas não verdadeira. A dona desta voz que felizmente nos invade dá pelo nome de Hafdis Huld e tal como a Bjork, esta senhora da terra do gelo também tem o nariz arrebitado.

Dois H's que se deverão ter em conta, pois felizmente não são mudos e fazem com que Hayling, de FC Kahuna, seja a minha lullaby.

A ouvir, portanto.





P.S. - Acreditem que não carrego tantas vezes no spray quanto no botão do repeat!