sexta-feira, novembro 14, 2003

Rita

Da tua janela
Da tua janela que eu não vejo
Prevejo que aqueles que vêem o que aí se passa
Sintam o que eu sinto
Pois através da vidraça
Aposto que se pode ver o calor e o beijo
Toda a ternura e dedicação
Aos filhos dos outros que ali estão
E que do lado de dentro da janela teus filhos são
Porque um coração como o teu não disfarça
E o calor que dele emana,
Por mais que o vidro faça embaciar
Não tem carapaça
Não fica escondido
E deixa passar
Para quem à chuva estiver
O quão bonita és enquanto mana, amiga, "mãe" e mulher.
Da janela que eu não vejo
Mas que também não preciso ver.