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Um torcicolo não nos permite todas as palhaçadas que gostaríamos, nomeadamente no Carnaval. Vai daí, resolvi trocar as partidas por entradas. Assim sendo, comprei entradas para o Oceanário, e ainda bem que o fiz na FNAC, caso contrário teria estado mais tempo nas filas da bilheteira do recinto do mesmo do que propriamente à procura do Nemo. Decidi ver "de enfiada" dois filmes que me faltavam ver, a saber : Lost in Translation e a Rapariga com Brinco de Pérola, e pôr os DVD's em dia (ou noite, conforme os casos). Relativamente aos dois primeiros, tenho a dizer que gostei mais do segundo, embora o primeiro não lhe fique muito atrás. O Chocolate é um filme delicioso, mas a Comunidade, bate todas as expectativas.
Descobri que a protagonista (Victoire Thivisol) do filme Ponette, que eu adoro, também entra no Chocolate e que a do rapariga do Brinco de Pérola é a que entra no Lost in Translation, assim como que o pintor do mesmo filme é o que fala português n'O Amor Acontece, por se ter apaixonado pela Lúcia Moniz. Grandes filmes que se passaram na minha cabeça que não vira, mas que há-de voltar a virar.
E porque a um domingo à tarde pouco ou nada há para fazer num dia chuvoso e como os amigos estão ressacados por antecipação do entrudo, resolvi deslocar-me até ao Teatro da Luz e assistir à peça Tá-se. Valeu a pena, quanto mais não seja para conhecer o espaço e ter um domingo light. Ah! Curei a minha embirrância com a Inês Castel-Branco. Que saudades tinha, mesmo sem saber, de uma matiné.
Hoje resolvi nada fazer, nem sequer assistir aos meus amigos que desfilavam no corso caldense. Está a chover, o pescoço ainda está amuado comigo, o Jogo está a metade, deste modo, fiz da minha terça-feira um domingo à séria: a dormitar e a comer Häagen-Dazs em frente da televisão.
Esta solidão não é para mim, e farta de estar sozinha com o meu pescoço, aceitei ir ter com uns amigos ao Lizarran (da Junqueira) e fazer do resto da noite um belo princípio do dia.
Há dias assim (ou noites, ou fds).